Numa época em que se respira o
clima romântico do Dia dos Namorados em tudo, andam dizendo por aí que os
solteiros sofrem “bullying”. Brincadeiras à parte, o “estar solteiro” é um
assunto que dá o que falar, principalmente numa sociedade em que os compromissos
definitivos são relativisados e postos à prova, pois tem muita gente por aí
querendo só “curtir a vida”.
Falar sobre o universo dos
descompromissados é bem complexo e não caberia em um único artigo, desta forma
gostaríamos apenas de abrir a discussão e não dar respostas prontas, porque
cada solteiro vive algo bem particular.
Há pessoas, por exemplo, que
preferem o ‘estar’ solteiro à faculdade, à carreira profissional, aos amigos, à
família, porque estes são os focos do momento. Por outro lado, há pessoas que
estão solteiras, porque, de fato, não lhes apareceu alguém. Aí…
paciência! Não é o fim do mundo. Mas nem todos encaram isso com tranquilidade e
maturidade, pois para alguns a idade vai passando, os amigos vão se resolvendo
e aquela história de “ficar pra titia (ou titio)”, somada à pressão social de
“ter alguém”, emerge como um tipo de fracasso na vida.
Para o Cristianismo, nem todas as
pessoas são chamadas ao matrimônio, mas isso não quer dizer que exista uma
vocação à “solteirice” – como que equiparado ao matrimônio -, muito menos pode
existir, na condição de solteiro, um desprezo ao casamento ou à sexualidade.
Assim nos diz o Youcat (265)
[Catecismo Jovem da Igreja Católica]: “Também as pessoas que vivem sós podem
ter uma vida plena. Talvez seja da vontade de Deus que ela se preocupe com
pessoas que não contam com o apoio de ninguém. Não raramente até, Deus chama
tal pessoa a uma proximidade de Si; é o caso de renunciar a um parceiro, ‘por
causa do Reino de Deus’ (Mat 19, 12)”.
Para os que estão abertos e
querem encontrar sua “cara metade”, vale lembrar que, na visão cristã, não se
busca alguém para ser feliz, mas para fazer o outro feliz. Desta forma, um
namoro segundo a vontade de Deus nasce a partir do amor que tenho por mim e que
transborda para um outro.
Não existe aquela história de
procurar alguém para preencher o meu “vazio existencial”, pois o encontro entre
dois vazios certamente acabará num grande nada. Lembre-se de que, por mais que
você encontre a pessoa da sua vida, existe em você um espaço que só Deus pode
preencher.
Fonte: Destrave - Canção Nova
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