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sábado, 28 de julho de 2012

Acampamento 2012


Nos dias 20, 21 e 22 de Julho aconteceu no Sítio da Comunidade Shalom, em Sabará, o primeiro Acampamento de Oração e Vida do ano de 2012. O evento contou com a participação de 48 jovens crismandos(as), provenientes de uma turma da Matriz e duas turmas das comunidades (Nossa Senhora de Fátima e Santo Expedito), além de aproximadamente 20 catequistas e a equipe de apoio da cozinha.
Foram dois dias e meio de bençãos, com muita oração, espiritualidade, formação, lazer e diversão. No sábado contamos ainda com a visita de nosso querido pároco, Padre Jorge, que presidiu a celebração eucarística e participou de parte das atividades do dia.
Confira as fotos desse fim de semana inesquecível neste álbum na galeria da nossa Pastoral.

O acampamento com as demais turmas de 2° ano ocorrerá entre os dias 31 de Agosto, 1° e 2 de Setembro, no mesmo local. Você crismando(a) que participará do próximo acampamento fique ligado! Não perca as datas e procure seu catequista assim que retomarmos os encontros semanais, no próximo sábado, 04 de Agosto.

A paz e o bem!


segunda-feira, 16 de julho de 2012

Festa Junina 2012



Querido(a) crismando(a), catequista, amigo(a) e chegado(a), aconteceu no último domingo, 15/07, a festa junina da nossa Pastoral.
O evento teve início antes da celebração eucarística das 19:00h, na Matriz, e contou com barraquinhas vendendo deliciosos caldos, canjica e cachorro quente. Após a missa, os presentes se divertiram com as duas quadrilhas, da Crisma e do Pós-Crisma, que deixaram a festa ainda mais animada.

Confira as fotos de mais esse evento no álbum adicionado à galeria da nossa Pastoral.

A equipe de eventos agradece a todas as pessoas que tornaram essa festa possível, especialmente aos casais do ECC e aos catequistas responsáveis pela montagem e organização das barraquinhas e claro, nossos(as) crismandos(as), força jovem da paróquia e da comunidade.

A paz e o bem!

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Ser santo é saber fazer escolhas nobres





Não há, no mundo, nada que satisfaça as expectativas do coração de um jovem; nele, tudo é vão e passageiro. Um jovem feliz é aquele que busca, constantemente, suas respostas e anseios mais íntimos no coração de Cristo. Somente no lado aberto do Senhor pode-se encontrar toda riqueza espiritual e sentido para as aspirações.
Santo Agostinho refletia sobre isso: “Fizeste-nos para Ti e inquieto está nosso coração enquanto não repousa em Ti.” O coração do ser humano repousará alegremente, somente na eternidade, onde Deus será tudo em todos. Assim sendo, tudo que se refere às coisas desse mundo não pode, nem de longe, preencher o coração de um filho do Senhor.
Nossa alma é grande demais; só um Deus imenso pode preenchê-la. Por isso, não podemos deixar os rumores do mundo invadir nosso coração, ditando nosso modo de vida. Na atualidade, o mundo olha o jovem como mero consumidor, descartando todos seus talentos e virtudes, a ponto de torná-lo escravo do consumo. Se seguirmos o modismo, os lançamentos que nos trazem satisfação, acumularemos dívidas sobre dívidas, mas, nem assim, seremos felizes. Tudo em nome da satisfação imediata. No entanto, pouco  tempo depois, lá vamos nós às compras novamente. Então, compraremos o celular mais moderno, a calça e o tênis que estão em evidência, a tecnologia mais avançada. Não obstante, os jovens são bombardeados, diariamente, com propagandas apelativas, cada qual com sua estratégia e psicologia, tudo para atrair a clientela mais consumista do mundo: os jovens brasileiros.
Deveríamos investir nosso tempo e dinheiro também em prol dos necessitados como recomenda a Igreja: “O quinto mandamento – ajudar a Igreja em suas necessidades – recorda aos fiéis que eles devem ir ao encontro das necessidades materiais da Igreja, cada um conforme as próprias possibilidades” (CIC – 2043).
Desse modo, enganamo-nos achando que as compras nos fazem felizes; pelo contrário, são paliativos para amenizar nossas angústias e decepções, tristezas e ressentimentos. Contudo, as novas gerações, cada vez com mais frequência, trocam os templos sagrados pelos shopping centers. Há de se ter tempo também para o culto a Deus, pois o domingo, mais do que um dia de lazer, é o dia dedicado ao Senhor. Vejamos o que o Catecismo da Igreja Católica nos ensina: “O domingo é um tempo de reflexão, de silêncio, de cultura e meditação que favorecem o crescimento da vida interior cristã” (inciso CIC – 2186).
Enquanto o próprio jovem não se convencer de que ele é muito mais importante do que um tênis de marca, um celular da moda ou um vídeo-game atual, essa situação não mudará, e ele continuará vivendo uma vida vazia e sem sentido. Urge a necessidade de uma metanóia; mais do que isso, é preciso se deixar transformar pelo Espírito Santo de Deus, ouvindo-o e seguindo, com docilidade, suas orientações, pois Deus fala a quem quer ouvir e ouve quem está disposto a mudar.
Todavia, muitas pessoas costumam apresentar a crise do “ter” e do “ser”, ou seja, já não diferenciam essas duas situações. Os valores do mundo sempre nos motivarão a buscar o “ter” em nossa vida. Dizem que, quanto mais temos, melhores somos, porque, assim, teremos status diante da sociedade; estaremos incluídos numa determinada “tribo”, etc. Porém, os valores pregados por Jesus vão, justamente, na contramão desses pensamentos perversos. O Senhor nos pede para valorizarmos o “ser” filho de Deus, o “ser” uma pessoa de caráter, digna, honrosa, pois esses valores não estão à venda; somente Deus pode proporcioná-los a nós. Por outro lado, não podemos achar que o “ser”e o “ter” são tão opostos a ponto de não haver um ponto de equilíbrio entre ambos. Confúcio, filósofo chinês, dizia que “a virtude está no meio”. Então, nos esforcemos para buscar o equilíbrio em todas as nossas atitudes.
Finalmente, não tenhamos medo de, por ventura, nos sentirmos excluídos de um grupo pelo fato de não termos determinado calçado, roupa ou eletrônico; apoiemos nossa vida nas coisas que não passam, como a Palavra de Deus, a Eucaristia, os valores cristãos.
Podemos até ter uma grande satisfação ao comprar certo produto, porém será algo instantâneo, que não gerará vida em nós.
“Jovens, sois fortes e vencestes o maligno” (cf. I Jo 2,14). Essa característica da identidade do jovem cristão basta para iluminar suas decisões. Se são fortes, podem vencer , tranquilamente, todas as barreiras impostas pelo consumismo sustentado pela sociedade moderna. Quem sabe sobre sua salvação é você mesmo, portanto, assuma sua identidade até as últimas consequências, pois ser santo significa saber fazer escolhas nobres.

Rodrigo Stankevicz


quinta-feira, 5 de julho de 2012

Estar solteiro é a pior coisa do mundo?




Numa época em que se respira o clima romântico do Dia dos Namorados em tudo, andam dizendo por aí que os solteiros sofrem “bullying”. Brincadeiras à parte, o “estar solteiro” é um assunto que dá o que falar, principalmente numa sociedade em que os compromissos definitivos são relativisados e postos à prova, pois tem muita gente por aí querendo só “curtir a vida”.
Falar sobre o universo dos descompromissados é bem complexo e não caberia em um único artigo, desta forma gostaríamos apenas de abrir a discussão e não dar respostas prontas, porque cada solteiro vive algo bem particular.
Há pessoas, por exemplo, que preferem o ‘estar’ solteiro à faculdade, à carreira profissional, aos amigos, à família, porque estes são os focos do momento. Por outro lado, há pessoas que estão solteiras,  porque, de fato, não lhes apareceu alguém. Aí… paciência! Não é o fim do mundo. Mas nem todos encaram isso com tranquilidade e maturidade, pois para alguns a idade vai passando, os amigos vão se resolvendo e aquela história de “ficar pra titia (ou titio)”, somada à pressão social de “ter alguém”, emerge como um tipo de fracasso na vida.
Para o Cristianismo, nem todas as pessoas são chamadas ao matrimônio, mas isso não quer dizer que exista uma vocação à “solteirice” – como que equiparado ao matrimônio -, muito menos pode existir, na condição de solteiro, um desprezo ao casamento ou à sexualidade.
Assim nos diz o Youcat (265) [Catecismo Jovem da Igreja Católica]: “Também as pessoas que vivem sós podem ter uma vida plena. Talvez seja da vontade de Deus que ela se preocupe com pessoas que não contam com o apoio de ninguém. Não raramente até, Deus chama tal pessoa a uma proximidade de Si; é o caso de renunciar a um parceiro, ‘por causa do Reino de Deus’ (Mat 19, 12)”.
Para os que estão abertos e querem encontrar sua “cara metade”, vale lembrar que, na visão cristã, não se busca alguém para ser feliz, mas para fazer o outro feliz. Desta forma, um namoro segundo a vontade de Deus nasce a partir do amor que tenho por mim e que transborda para um outro.
Não existe aquela história de procurar alguém para preencher o meu “vazio existencial”, pois o encontro entre dois vazios certamente acabará num grande nada. Lembre-se de que, por mais que você encontre a pessoa da sua vida, existe em você um espaço que só Deus pode preencher.



quarta-feira, 4 de julho de 2012

Transformar e transubstanciar




Paulo diz em suas cartas, que nosso corpo mortal será transformado. Não disse transfigurado, nem transubstanciado. Disse que o hoje corruptível atingirá pelo milagre de Deus, a incorruptibilidade ( Fl 3,21; 1 Cor 15,54) ( 1 Ts 4,13-18) Jesus interferirá em cada vida e em todas as vidas. Ele pode interferir, mas nós não! Só podemos pedir que ele interfira.
Pode Deus, que é ser essencial, virar matéria? Não. Pode ele assumir a matéria que criou? Sim. Pode a matéria virar Deus? Não. Pode ser assumida por Deus? Sim. O Filho eterno, ao se encarnar, virou humano e deixou de ser Deus? Não. Prosseguiu Filho Eterno, mesmo assumindo nossa natureza? Sim. Jesus era duas pessoas? Não. Era ele uma pessoa dentre as três pessoas que é o Deus uno e Trino? Sim. A pessoa que ele era, com a encarnação passou a ter duas naturezas? Sim. Então, na eucaristia Jesus não se transubstancia em pão e vinho porque, sendo Deus ele permanece sendo quem é. Não se torna outra coisa nem outro ser. Quem se transubstancia é a matéria pão e vinho.
Pão e o vinho ao se transubstanciar se tornam Deus? Não. Permanecendo pão e vinho, ganham algo de acréscimo. Por isso oramos dizendo: Vinde Senhor Jesus! Não é o pão que sobe ao céu e se torna Cristo. É o Cristo que vem e dá subsistência especial ao pão e ao vinho que ofertamos. O pão não qualifica Jesus. É Jesus que prometeu que qualificaria o pão repartido em seu nome e naquele gesto. O milagre não estava oculto no pão. Aconteceu no pão porque Jesus mais uma vez interfere numa coisa e lhe dá consistência e sentido. Sem isso, nada aconteceria até porque não temos o poder de interferir na matéria: Jesus tem. Tanto tem que desafiou seus adversários e curou ali na sua frente um prisioneiro da matéria. Ele podia! Ele pode!
É real, é corpo e sangue do Cristo glorioso mas não é aquele sangue derramado na cruz. Trata-se do sangue do Cristo da fé, do Cristo glorioso que não sofre mais. Na eucaristia não comungamos o Cristo sofredor e, sim, o Cristo vencedor e ressuscitado. E antes que digamos que é apenas símbolo perguntemos se Jesus Cristo é só um símbolo. Se ele é real e existe glorioso então aquele pão, que ele tem poder de transubstanciar, mais do que conter um pouco dele, é ele próprio. Foi seu jeito de estar conosco, que não tivemos a graça de conviver com ele como os apóstolos tiveram. Transubstanciar o pão e o vinho não foi nem é decisão nossa. Foi e é dele. Só ele pode interferir na matéria ao ponto da transubstanciação. A ciência humana apenas pode transformá-la, nunca transubstanciá-la. É por isso que falamos em milagre. Se a ciência conseguisse o mesmo, então a eucaristia não seria milagre.
Nós cremos que Deus se encarnou sem deixar de ser divino. Cremos que o pão e o vinho se transubstanciam e deixam de ser apenas pão e vinho. A matéria pode ser tocada e transformada, como nossa vida o será, mas o Filho que é um só Deus com o Pai e o Espírito Santo, mesmo tendo assumido a nossa humanidade não foi transformado em carne. Não era só homem. Permaneceu divino. Tinha duas naturezas, mas era a mesma pessoa, o mesmo Filho Eterno que sempre foi. Por um tempo se transfigurou nos assumiu, mas não deixou sua divindade descansando em algum lugar.

Esta discussão levou séculos. Até o Século VIII quando o “Credo” que hoje recitamos foi definitivamente sancionado, ela não estava oficializada. Ainda pairavam dúvidas entre os cristãos sobre presença virtual ou real, sobre sangue físico e sangue glorioso. Deus pode interferir e transubstanciar algo, mas este algo não pode transubstanciar Deus, nem por próprio poder se transubstanciar no que quer que seja. Não confundamos transformação com transubstanciação. Transubstanciar é algo bem mais radical. A matéria criada não pode dar um passo além do que é, mas o criador da matéria pode dar a ela algo que ela não tem. É aí que começamos a falar em prodígio ou milagre. Jesus disse que faria isso porque todo poder lhe foi dado.
Pode um ser humano ter tal poder? Jesus podia e pode. Se negarmos que este ser humano que ele se tornou sem deixar de ser divino tenha tal poder então estaremos negando Jesus e embora, crentes nele, estaremos afirmando que ele era apenas um profeta. Algumas vezes ele fez uso deste poder ressuscitando pessoas e transfigurando diante dos três discípulos. Nas suas preces ele falava desta glória e deste poder. Mas os discípulos tiveram medo diante do que viram. Se nas eucaristias Jesus descesse visível e glorioso, brilhante como o Sol, como no Tabor, acreditaríamos na Eucaristia? Teríamos coragem de olhá-lo? Os três discípulos não tiveram. O que nos garante que seriamos mais fortes do que eles?
Jesus é mais e pode mais. A nós é permitido questionar ou aceitar que Jesus está presente na eucaristia. Tendo feito a escolha de aceitar ou não aceitar este milagre, seremos ou católicos ou não católicos.

Pe. Zezinho, SCJ


terça-feira, 3 de julho de 2012

Sejamos apaixonados por Cristo




Estamos acostumados a ouvir falar tanto de amor quanto de paixão, mas será que sabemos o verdadeiro significado desses sentimentos? As pessoas geralmente os confundem. A paixão é o sentimento que dá impulso, que dá coragem e, por isso, quando estamos apaixonados temos a coragem de nos declarar, de fazer “loucuras”. Já o amor é um sentimento tranquilo, sereno. Mas ambos andam lado a lado, sabe por quê? Porque a paixão se torna amor.
Cristo, quando veio ao mundo e se encontrou com a humanidade, Ele a amou. Mas por que Deus deixou com que Seu único Filho fosse crucificado? Porque Ele nos ama, porque Ele é apaixonado por nós! Foi o amor e a paixão que fizeram com que Jesus pudesse suportar tudo. Será que nós sabemos realmente amar? Será que somos apaixonados por esse Deus tão misericordioso?
Amados, nós devemos ser apaixonados pelo Senhor e essa paixão deve fazer com que larguemos a “vida velha” e vivamos a “vida nova” que Ele tem para nós. O nosso amor pelo Pai deve ser capaz de fazer com que renunciemos a tudo que não agrada a Deus.
Quando estamos amando, só de pensar em estar perto do amado faz nosso coração palpitar, dá um “frio na barriga”, não é verdade? Assim também deve ser quando vamos nos encontrar com Jesus na Santa Missa, quando Ele vem a nós na Santa Eucaristia. Eu me recordo de quando fiz a Primeira Comunhão há mais ou menos um ano. Lembro que quando chegou o momento em que eu iria para a fila da comunhão, meu coração batia extremamente rápido, minhas mãos suavam; quando eu recebi Jesus, meus olhos se encheram de lágrimas de felicidade, de alegria. Naquele instante, eu percebi que algo novo acontecia, o Cristo vivo entrou no meu coração e me fez entender o que é o verdadeiro amor.
“O amor é paciente, o amor é bondoso. Não tem inveja. O amor não é orgulhoso, não é arrogante nem escandaloso. Não busca os seus próprios interesses, não se irrita nem guarda rancor. O amor não se alegra com a injustiça, mas se rejubila com a verdade. Tudo perdoa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta” (1Cor 13,4-7). É essa forma de amar que Deus quer de nós, um amor desinteressado, puro.
Devemos viver esse amor e fazer com que as pessoas à nossa volta vivam-no também. Nós não levamos ninguém para o céu, mas podemos fazer com que quem amamos viva o céu aqui na terra. Um dia, todos já moramos no céu e é para lá que voltaremos. Deus quer isso, Ele quer Seus filhos por perto.
Desejo que você se apaixone por Cristo e que O ame também. Que você não tenha medo de abandonar tudo por Ele.

Fabiana Araújo

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Jesus nos ajuda a reescrever nossa história



Uma das coisas boas da vida começa com o prefixo “re”: reencontro, porque nele temos a possibilidade de relembrar fatos anteriores que marcaram nossa história. É o somatório daquilo que já foi bem vivido com a vida presente. Todavia, os fatos ocorridos, no primeiro encontro, é o que marca a nossa vida e se torna referência para o nosso futuro.
Isso mexe com nossos afetos; com isso, vamos nos descobrindo, percebendo ações e reações que, antes, não notávamos. Temos a alegria de nos conhecer ainda mais para sermos melhores. É a vida nos reapresentando a nós mesmos: autoconhecimento.
É salvífico descobrir que, ao olhar para nossa história, podemos reescrevê-la, reordenando nosso passado para o amor e, por meio dele, escrever uma nova história com outros personagens e fatos marcantes, mas sempre seremos e precisaremos ser o protagonista da nossa vida, assumi-la com toda responsabilidade para vivermos um recomeço, uma reinauguração daquilo que somos.
O recomeço acontece quando olhamos a nossa vida de outra forma ou, quem sabe, com outros olhos. O segredo de uma boa retomada é tirar o foco dos problemas, daquilo que não deu certo e aprender com eles novas possibilidades para uma vida nova. Sempre aprendemos com as situações difíceis e com elas aprendemos a reescrever uma nova história.
São justamente as possibilidades que nos levam a realizar determinadas atitudes a fim de resolvermos os nossos problemas.
Jesus tem o dom de nos fazer olhar para outra direção, tirando o foco daquilo que não deu certo para o que pode dar. Algumas vezes, precisamos ser radicais ou severos com nós mesmos para sairmos da condição de fracassados e viver o recomeço: a escrita de um novo capítulo da nossa vida. Jesus não toma essa atitude por nós, Ele nos convida a sair dela. O esforço é nosso, o convite à solução vem d’Ele.
Os personagens que participam da nossa história nos ajudam a enxergar melhor a nossa vida para tirarmos um bem maior daquilo que não deu certo. Viver bem o presente é ter um futuro bem sucedido.
Reencontrar, relembrar, reagir, reapresentar, recuperar, recomeçar, reinaugurar, realizar, resolver, reescrever, reconciliar: todas essas palavras são verbos, e verbo indica uma ação. Viver também é uma ação. E não há como praticá-las se não exercitarmos a ação maior de viver.
O convite de Jesus é simples e claro: chama-nos a reagir, a recomeçar a nossa vida a partir da nossa reconciliação com a nossa história. Jesus tem o poder de ressuscitar os mortos mesmo quando estes ainda estão vivos. Nós reagimos de maneira pessoal diante da ação de Jesus, e se a nossa reação for de reconhecimento da nossa verdade, pela Verdade maior acontece em nós a ressurreição: o recomeço de uma nova vida, pois Jesus é Aquele que faz nova todas as coisas, dá vida nova no lugar da velha.
A ação de Cristo é fazer com que nos reencontremos, fazendo enxergar vida onde aos nossos olhos só há morte. É nos reconhecermos pecadores, mas também filhos de Deus; é perdoar e amar a nós mesmos pelo fato de o Senhor nos ter perdoado e amado primeiro; é redescobrirmos que, a partir do nosso presente, apesar de termos errado há poucos segundos, podemos recomeçar a reescrever a nossa história.
Nós somos os protagonistas da nossa vida. Jesus é o diretor geral. Como todo filme tem um começo, meio e fim, a nossa vida também os têm. Ela já começou. Estamos no meio do filme, caminhando para o seu final. Mas nossa vida não é uma trilogia com fantasias e magias, muito menos um reality show. Ela é real, com diversas situações difíceis e complicadas, mas com a capacidade de alcançarmos vitórias, porque Deus sempre está presente nela.
Nós somos o redator da nossa vida, mas se seguirmos os passos do diretor, chegaremos à vitória, pois Ele tem um final feliz para cada um de nós: a felicidade eterna.

Daniel Freire