Certamente, você já sentiu um “chamado” algumas vezes, mas
não sabe de onde veio. Como alguém chamando pelo seu nome, mas quando você
olhava para responder (ou ver de onde vinha a voz) não encontrava nada nem
ninguém. Era apenas uma impressão. Outras vezes, você sabe de onde está vindo a
voz, mas está deitado no sofá, quase cochilando, entrando num sonho… De
repente, escuta sua mãe o chamando para lavar louça ou seu pai pedindo um
favor. Você, então, sente vontade de continuar deitado, de fingir que não
escutou, mas sabe que, se não levantar correndo e ver o que eles querem, será
castigado.
Na Bíblia, primeiro Livro de Samuel 3, 2–10, Samuel estava dormindo e
ouviu uma voz que o chamava; por três vezes ele se levantou e foi ver com Eli
por que o convocava, porém não era Eli quem dizia o nome do jovem. Quando
Samuel compreendeu que era Deus quem o chamava, respondeu imediatamente:
“Fala, Senhor, que teu servo escuta!”. Nesse momento, Samuel estava dizendo a
Deus: “Eis-me aqui”. Apesar de estar bem em sua cama, ele atendeu ao chamado do
Senhor, respondendo-Lhe prontamente.
Quantas vezes, em nossa zona de conforto, ouvimos Deus nos
chamando, mas não O atendemos de prontidão? Às vezes, até sentimos aquele toque
no coração de “eu preciso fazer, preciso responder”, mas nossa preguiça acaba
nos vencendo e continuamos no nosso comodismo.
O que nos impede de atender ao
chamado de Deus é o nosso apego ao comodismo, o medo da mudança e,
principalmente, de deixar de lado a nossa vontade e passar a viver inteiramente
do querer de Deus.
Outra passagem da Bíblia que nos mostra o chamado do Senhor
está em Mateus 14, 24–31. Quando Jesus está caminhando sobre as águas, Pedro
pede para ir ao Seu encontro, caminhando também pela água; e o Senhor lhe diz
:”venha”. Pedro vai, contudo, no caminho, perde a confiança em Deus e fica com
medo; então, começa a afundar, mas Jesus o salva. É isso que nos acontece quando
estamos caminhando na estrada de Deus, vivendo da vontade d’Ele; de repente,
ficamos com medo e começamos a afundar, porque queremos fazer do nosso jeito,
com nossas próprias forças, mas Jesus nos surpreende com a frase “homens de
pouca fé, por que duvidastes?”.
Por que duvidar do Deus do
impossível? Não há razão para isso.
Deixemo-nos, hoje, sermos conduzidos pelo querer de
Deus, responder-Lhe somente “eis-me aqui” e deixá-Lo fazer em nós Seus planos,
pois é o que há de melhor para nós. Saiamos da nossa zona de conforto, do nosso
comodismo e nos coloquemos à disposição do Senhor.
Sejamos, sem medo, “barco a
vela solto pelo mar…”

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